quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Meu dom, Meu Fardo.




E minha cabeça, e o silêncio gritante que ecoa, como as ondas do mar em uma concha... sempre busca você.
É como se Deus oferecesse-me tudo no mundo, mas negasse a única coisa que quero ter. É como se eu fosse Prometeu e a madrugada meu castigo, minha tortura diária. Como se Deuses me castigassem por roubar o fogo para aquecer os Homens. A poesia para aquecer o coração.
E por assim dizer, condenado a viver, na plenitude de minha imortalidade divina, a solidão e o sofrimento dos Homens. Sendo assim, meu maior dom, torna-se o maior dos fardos que tenho de carregar...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A cauda do Escorpião




"Por mais que eu fale as palavras mais doces
Faça o ato mais nobre
Te mostre o sentimento mais lindo
Ou busque a estrela mais brilhante pra te dar

Eu sei que nada que eu fizer
Vai fazer com que você me ame
Mas não me odeie por tentar

Talvez seja a hora de afastar
Deixar as coisas tomarem seu rumo
E aquele amor que girava o mundo
Agora vaga sem direção

E mesmo sabendo no fundo
Que morreria provando do sumo
Apaixonei-me pela beleza do escorpião"

Lucas Borges

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sweet Poetry





"Eu perco o rumo

Perco a esportiva
Caminho no escuro
Desperdiço minha vida

Faço de tudo
Pra curar a ferida
Mas sempre afundo
Em minhas negativas

Não me seguro
Em nossas recaídas
Meu amor é puro
Passagem só de ida

E o que eu procuro
É te achar na saída
Dizer que o orgulho
É uma arma nociva

Entro em parafusos
Ao te ver assim tão linda
Com você eu me curo
Estou doente ainda

Mas só quero que saiba de um fato
Sempre que despertar ao amanhecer
Foi de um nó que nasceste o laço
Assim como minha poesia só nasce para você"

Lucas Borges Carmo de Oliveira

domingo, 10 de agosto de 2008

Luz, câmera, ação.




Começo a pensar que vejo filmes demais.
Confundo realidade com maquiagem, com ilusão, com Hollywood.
Seria tão bom se pudéssemos pausar a vida.
Rebobinar a cena. Mudar o roteiro, mudar as falas.

A minha vontade é encarnar o personagem principal, ter as idéias perfeitas, os pensamentos corretos, falar o que todos precisam escutar. Saber mostrar o que eu sinto de forma fidedigna. Ah... Seria tão bom!

Mas a cena corta como um filmezinho de quinta categoria e então eu percebo que o mundo que eu vivo é diferente. Minhas idéias não são perfeitas, e quando eu tento falar o que eu sinto, aí digamos que vira um filme de horror trash no fim de noite da Band, e dublado!

Viro o ator que decora suas falas sem pensar se existe algum contexto com o enredo. Ou viro um animal selvagem em um documentário da Discovery Channel. E é por isso, que quando quero dizer que senti saudades, ou que gostaria que tivéssemos nos encontrado mais... ataco como uma fera acoada, ou como um ator limitado que não sabe improvisar.

Mas a grande diferença entre o filme e a vida real não são os efeitos especiais. O filme depois de pronto é aquilo e nada pode alterá-lo. Enquanto a Vida... ah... esta é um livro aberto que podemos escrever e se errarmos, tentamos contornar o erro no próximo capítulo, na próxima página. Mas eu espero que o decorrer tenda para os filmes românticos de manteiga derretida, que por mais que tudo possa vir a dar errado, no final sempre dá tudo certo.