domingo, 10 de agosto de 2008

Luz, câmera, ação.




Começo a pensar que vejo filmes demais.
Confundo realidade com maquiagem, com ilusão, com Hollywood.
Seria tão bom se pudéssemos pausar a vida.
Rebobinar a cena. Mudar o roteiro, mudar as falas.

A minha vontade é encarnar o personagem principal, ter as idéias perfeitas, os pensamentos corretos, falar o que todos precisam escutar. Saber mostrar o que eu sinto de forma fidedigna. Ah... Seria tão bom!

Mas a cena corta como um filmezinho de quinta categoria e então eu percebo que o mundo que eu vivo é diferente. Minhas idéias não são perfeitas, e quando eu tento falar o que eu sinto, aí digamos que vira um filme de horror trash no fim de noite da Band, e dublado!

Viro o ator que decora suas falas sem pensar se existe algum contexto com o enredo. Ou viro um animal selvagem em um documentário da Discovery Channel. E é por isso, que quando quero dizer que senti saudades, ou que gostaria que tivéssemos nos encontrado mais... ataco como uma fera acoada, ou como um ator limitado que não sabe improvisar.

Mas a grande diferença entre o filme e a vida real não são os efeitos especiais. O filme depois de pronto é aquilo e nada pode alterá-lo. Enquanto a Vida... ah... esta é um livro aberto que podemos escrever e se errarmos, tentamos contornar o erro no próximo capítulo, na próxima página. Mas eu espero que o decorrer tenda para os filmes românticos de manteiga derretida, que por mais que tudo possa vir a dar errado, no final sempre dá tudo certo.

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