quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ócio Criativo


Chega a madrugada e todo mundo dorme. Mas comigo acontece o contrário. Por mais que tenha trabalhado o dia inteiro, minha mente começa a trabalhar. E aí nasce a vontade.

Vontade de liberar o que me consome, minhas dúvidas e anseios.
Vontade de matar essa fome de estar sempre ativo.
De estar sempre cri-ativo.

E hoje mais cedo eu pensava, que assim como eu tive, as outras pessoas tem um momento de despertar. Um momento que define sua vida. Um momento onde algumas convicções escorrem pelo ralo, e vemos que tudo está errado. E então implementamos uma nova maneira de pensar, de agir, de viver.

Alguns tiveram este momento de despertar mediante da dor, da saudade, da perda. Outros mediante extrema alegria e conquista.

Mas até que ponto podemos nos fixar nesta nova maneira de viver?
Como podemos ver que esta mudança foi pra melhor?
Até que ponto devemos ser fiéis à um novo pensamento, enquanto talvez, se olhássemos ao nosso redor, poderíamos encontrar outras formas de pensar que poderiam vir a ser melhores que a atual?

Eu tenho acreditado que a resposta seja a paz de espírito. Mas isso é uma coisa muito frágil para que possamos nos embasar em tal argumento. Somos seres humanos e como tais, somos suscetíveis a diversos acontecimentos, e reações inimagináveis.

Mas creio que sempre, ao mudarmos nossas formas de agir, o fazemos para alcançar um objetivo. Seja uma promoção ou uma pessoa. Seja perder peso ou parar de fumar. Quando alcançamos o objetivo em questão, confirmamos nossa expectativa e, portanto, acreditamos ser esta a forma certa.

Mas o mundo muda, tudo muda. Devemos buscar diversas formas de pensamento, para que possamos sempre progredir em nossa caminhada. Porém tudo tem uma essência única. Devemos manter a luz que ilumina nosso caráter, a energia positiva que move nossos desejos.

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."

Acho que, por mais difícil seja mudar, por maior que seja nosso medo de fazê-lo, precisamos resgatar no fundo de nossa essência os valores e qualidades inerentes ao nosso ser. O resto pode ser mudado. Hábitos, religião, estilos musicais. Tudo parte da evolução do nosso espírito perante os acontecimentos da vida. Não devemos e não podemos, quando uma experiência desagradável, retroceder e temer que o futuro nos guarde algo parecido ou pior. Pois aí, nosso espírito forte e guerreiro, torna-se um covarde e morre aos poucos. E deixamos de VIVER, e passamos somente a EXISTIR.

Um comentário:

Anônimo disse...

Luu!
todos os seus textos sao ótimos viu !
gostei bastante deles !


beijo lindo !